São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996 |
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Murphy deixa a desejar
THALES DE MENEZES
Depois de muito tempo sem acertar a mão na bilheteria, Eddie Murphy conseguiu alguma reabilitação nessa fábula sobre um vampiro que busca em Nova York sua companheira eterna. No entanto, o sucesso do filme depende pouco de seu astro. Murphy fica a maior parte do tempo perdido entre efeitos especiais (alguns sensacionais, que o transformam em cobra e lobo) e pequenos papéis que interpreta debaixo de muita maquiagem (um velho vício do ator). Falta a Murphy emprestar algum charme ao vampiro morto-vivo Maximilliam. Fica a impressão de que, para ele, o máximo da sedução é coçar o cavanhaque. Para piorar, o roteiro é desleixado no humor e deixa Murphy sem graça. Sobra o vigor de Angela Bassett e os bons sustos promovidos pelo diretor Wes Craven, especialista no gênero que, entre outros méritos, criou "A Hora do Pesadelo", com Freddy e suas garras. Craven fez de tudo para tornar "Um Vampiro no Brooklyn" um grande filme. Faltou apenas Eddie Murphy ajudar um pouco. Filme: Um Vampiro no Brooklyn Produção: EUA, 1995 Direção: Wes Craven Com: Eddie Murphy, Angela Bassett Onde: a partir de amanhã nos cines Metro, Gemini e circuito Texto Anterior: Paródia caracteriza o similar nacional Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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