São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996
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Atentado contra líder tchetcheno mata 9

Comandante militar sai ileso

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Nove pessoas morreram e 15 ficaram feridas em um atentado contra o comandante militar dos separatistas tchetchenos, Aslan Maskhadov, segundo porta-voz dos rebeldes. O líder saiu ileso.
A rede independente russa NTV também indicou que houve um atentado frustrado contra Maskhadov, afirmando que dez pessoas haviam morrido nele.
Segundo as duas versões, o atentado a bomba ocorreu durante o enterro de guerrilheiros no cemitério de Tsotsin Iurt, uma aldeia do sudeste da Tchetchênia.
A bomba teria sido colocada sob o tablado em que Maskhadov falaria. Entre os mortos, estariam quatro crianças e um bebê.
O militar tchetcheno, moderado, é considerado o segundo líder mais importante dos separatistas, atrás de Djokhar Dudaiev.
Segundo observadores políticos russos, o atentado teria sido executado por grupos militares da Rússia interessados em continuar com a guerra civil na região ou por radicais tchetchenos. Os separatistas acusaram Moscou pelo ataque.
O presidente russo, Boris Ieltsin, autorizou uma comissão liderada pelo premiê Viktor Tchernomirdin a coordenar negociações com rebeldes, inclusive Dudaiev.
Ieltsin disse que poderia usar intermediários para as negociações. Dudaiev já disse que não quer negociações com intermediários.
O presidente Ieltsin foi o responsável pelo início da guerra na região em dezembro de 1994, reprimindo os separatistas, que declararam independência em 1991.
Armas nucleares
Poucos dias antes de um encontro do G-7 (grupo dos sete países mais ricos) sobre segurança nuclear em Moscou, Ieltsin prometeu retirar todas as armas nucleares que a Rússia ainda tem em outros países e pediu que as outros potências nucleares fizessem o mesmo.
Ieltsin disse que retiraria as armas de Belarus e Ucrânia até o final do ano. Apenas os Estados Unidos têm armas em outros países, principalmente na Alemanha.

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