São Paulo, sábado, 13 de abril de 1996
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Excel pode ter sigilo quebrado

DA REPORTAGEM LOCAL

A Procuradoria da República pediu a quebra do sigilo bancário do Excel Banco, para que seja apurada suposta prática de crimes contra o sistema financeiro, como a realização de remessas irregulares de dólares ao exterior.
A solicitação partiu de Maria Iraneide de Olinda, procuradora da República, em São Paulo.
Ela se baseou em denúncias do industrial Abrano Elia Schinazzi, referentes a seis operações de depósitos que teriam sido feitas em uma conta do Excel Banco nas Ilhas Cayman, um conhecido paraíso fiscal no Caribe.
A procuradora encaminhou ofício ao juiz Hélio Egídio, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal em São Paulo, que fossem pedidas, junto ao Banco Central, informações sobre essas operações, num total aproximado de US$ 1,5 milhão.
"O inquérito menciona operações que precisam ter sua regularidade verificada", disse ontem a procuradora Olinda.
Polícia Federal
O inquérito sobre as operações do Excel foi aberto pela Polícia Federal com base na lei 7.492/86, que trata dos chamados crimes de "colarinho branco".
O inquérito deverá ouvir diretores do banco sobre as supostas remessas ilegais de dinheiro ao exterior. Também será investigada uma suposta apropriação de valores -no caso, de 26 barras de ouro dadas como garantia de pagamento de empréstimo feito pelo empresário junto ao banco.

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