São Paulo, sábado, 13 de abril de 1996
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Título injusto; Lei de imprensa; Mundo sindical; 'Mercossul'; Bombardeio de críticas; Calamidade; Muito pouco; Desprezo; Dia do Jornalista

Título injusto
"Difícil saber quem é mais engraçado: a Folha, por publicar editorial mentiroso sobre atitudes do senador Gilberto Miranda, edição de 29/3, ou a sra. Ligia de Paula Souza, presidente do Sated/SP, Folha de 3/4, por atirar restos de frustrações pessoais no senador Miranda.
O plenário da Comissão de Economia do Senado estava com 16 senadores presentes, ao contrário do que disse a Folha. Portanto, Miranda não 'aproveitou o esvaziamento do plenário' para prejudicar o acordo com o Banespa.
O título do editorial, 'Palhaçada', além de injusto, não reflete o intenso dia-a-dia de trabalho do senador Gilberto Miranda."
Vicente Limongi Netto, assessor de imprensa do senador Gilberto Miranda (Brasília, DF)

Nota da Redação - Seria altamente estranhável se um assessor de imprensa não procurasse a todo custo defender seu assessorado.

Lei de imprensa
"Lei de imprensa -um pouco de história: no governo de Arthur Bernardes teria sido proposta uma 'lei de imprensa' para que fosse revogado o estado de sítio.
Nilo Peçanha reagiu: 'O Brasil precisa, muito mais, que contenhamos os governos nos seus arbítrios que a imprensa nos seus excessos'."
Wilkye Veronese (Andradas, MG)
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"Li com interesse o artigo 'Lei da prensa', de Saulo Ramos (9/4). Acredito que o sr. relator e membros da Comissão deveriam ler sobre o assunto, evitando barbaridades."
Marilu André (São Paulo, SP)

Mundo sindical
"Registrando com satisfação as mudanças na apresentação gráfica, é de lamentar somente que o jornal, infelizmente, não reflete no dia-a-dia de suas páginas o que efetivamente acontece no mundo do sindicalismo, dando excessivo espaço para as centrais, entidades que na prática pouco representam, em detrimento do movimento sindical constitucional, o das confederações, federações e sindicatos que relevantes serviços prestaram e prestam aos trabalhadores brasileiros."
Paulo Fernandes Lucania, presidente da Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

'Mercossul'
"Tive minha atenção despertada para uma frase que o notório ex-marido de Zulema teria perpetrado em 'su tierra': 'O mundo não se reduz ao Mercosul' (sic).
Vou desfazer o mistério do 'sic': é que quando o português era o nosso idioma oficial, palavras como 'Mercosul' eram obrigatoriamente grafadas com dois esses, sem o que não seria 'Mercossul', e sim 'Mercozul'.
Sei perfeitamente que no idioma 'hablado por el pícaro' 'Mercosur' é como se escreve o nosso 'Mercossul', coisa com que ninguém aqui no país se incomoda e especialmente a imprensa, que em outros tempos tinha o cuidado de zelar pela língua pátria."
Carlito Maia (São Paulo, SP)

Bombardeio de críticas
"Será que o presidente Fernando Henrique está tomando conhecimento do bombardeio de críticas contra ele nas últimas semanas ou, como outros presidentes, apenas curtindo os índices de popularidade que até aqui lhe garantem quase 70% de aprovação?
Sarney foi isso e deu no que deu. Chegou a 80% de aprovação com o Plano Cruzado e deixou o governo com o mesmo índice, só que negativo.
É bom que FHC escute as críticas desprovidas de jogos de poder. Nelas pode estar a inteligência de governar que ele não está conseguindo junto aos que vivem no 'saco preto' palaciano."
Reinaldo Camargo Lichti (Rio de Janeiro, RJ)

Calamidade
"A falta de policiamento nas rodovias que dão acesso ao litoral já virou calamidade.
Já não chega o perigo das barreiras, motoristas infratores desrespeitam sinalizações (precárias), fazendo ultrapassagens perigosas ou seguindo pelo acostamento, causando pânico àqueles que aguardam sua vez de prosseguir.
Hora de trabalhar, senhores candidatos, não esqueçam que estamos em ano eleitoral e o direito de ir e vir com segurança tem de ser respeitado."
Ana Lúcia Fusco (São Paulo, SP)

Muito pouco
"Venho acompanhando a 'evolução' do jornal, considerado o jornal dos jornais (claro que por vocês).
Como é que pode um jornal que já pediu as diretas já, que documentou de maneira emocionada e emocionante a doença do então presidente Tancredo Neves, que levantou bandeiras pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, que já teve em seu Conselho Editorial nomes como Joelmir Betting, Otto Lara Resende, Gilberto Dimenstein, Paulo Francis, a elegância e o requinte de Tavares de Miranda, entre outros, abrigar em suas páginas nomes como Barbara Gancia (argh!), Joyce Pascowitch, José Simão, Matinas Suzuki, a ridícula e desprezível Revista da Folha, com assuntos totalmente fora da realidade, com pseudo-formadores de opinião, com o 'Folhão' de domingo, com 'reportagens' como 'Saia Justa', onde se revela a maior metragem de futilidades por coluna de jornal?
Continuo assinante deste jornal apenas por três motivos: Clóvis Rossi, Carlos Heitor Cony e Janio de Freitas. É muito pouco para quem se autodenomina 'o maior jornal do hemisfério', vocês não acham?"
Eduardo Gaui (São Paulo, SP)

Desprezo
"Ao terminar de ler o texto de Luís Nassif de 31/3 ('Brava gente triste') possuiu-me um sentimento de raiva.
Fiquei com raiva do modo como a professora de minha filha corrige seus exercícios, do modo como os velhos estão jogados nos asilos ou as crianças abandonadas na rua.
Com muita raiva dos que afirmam 'que o interesse em ser deputado é ganhar um tostão' e que acham errado ter um teto de R$ 10.800.
A esses poucos que escrevem o Brasil com 'b' minúsculo e que trilham caminhos que denigrem a nossa imagem de brasileiros perante nossos filhos fica aqui registrado o meu, e o de todos aqueles que continuam lutando para transformar este país em uma efetiva nação, mais profundo desprezo."
José Roberto Pimenta Ferreti da Costa (Manaus, AM)

Dia do Jornalista
"A Folha agradece os cumprimentos pelo Dia do Jornalista que recebeu de: GM Brasil; Ilan Gorin, da Gorin Auditoria Contábil Fiscal (Rio de Janeiro, RJ).

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