São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996
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Projeto facilita a negociação de ações

Mercado terá concentração menor

DA REDAÇÃO; DA REPORTAGEM LOCAL

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou, na semana passada, um projeto que facilita a negociação, nas Bolsas, das ações de empresas de segunda linha, com pouco movimento (baixa liquidez).
O Projeto Meta, desenvolvido pela Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), cria condições para diminuir a concentração do mercado acionário nas chamadas "blue chips" -que são as ações mais negociadas, como as da Telebrás e as da Petrobrás.
A idéia do Projeto Meta é estabelecer, todos os dias, um preço básico de negociação dos papéis menos líquidos, que nem sempre têm cotação definida.
O projeto cria a figura dos promotores de negócios, especialistas indicados pelas empresas para "esquentar" a compra e a venda de suas próprias ações.
"As empresas de segunda linha são muito importantes para a economia brasileira. Aumentar a liquidez de suas ações é vital para estimulá-las a expandir suas atividades por meio do mercado de capitais", diz Alfredo Rizkallah, presidente da Bovespa.
Empréstimo
Desde a última quinta-feira, o empréstimo de ações entre investidores é uma operação autorizada pelo Banco Central.
A medida também visa estimular as negociações com os papéis menos procurados.
Pela resolução do BC, ainda não referendada pelo Conselho Monetário Nacional, o empréstimo deve ser feito por entidades que oferecem serviços de liquidação e custódia, com autorização do dono das ações.
A resolução estipula, ainda, que a operação seja intermediada por uma corretora ou distribuidora de valores mobiliários.
O tomador do empréstimo terá que dar em garantia bens no valor de 100% das ações emprestadas, mais adicional para compensar a variação do preço em pregões.

Colaborou a Redação

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