São Paulo, domingo, 14 de abril de 1996
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Cadê a minha metade?

Gente, tem tanta Clô solta por aí que vocês nem fazem idéia. São tantas que viraram até minhas fontes de inspiração. Clô, para quem não sabe, é toda mulher bonita, inteligente, bem-sucedida, que não tenha muita dificuldade em descolar um parceiro, mas que está sempre saindo com o cara errado. Só entra em roubada.
Conforme o tempo passa, essa Clô que conseguiu conquistar sucesso profissional e financeiro percebe que tem algo de errado e é justamente na sua vida sentimental. Então, ela muitas vezes se desespera e sai dando tiros para tudo quanto é lado. Em muitos casos, fica sem entender por que não acerta nunca.
Daí vêm as frases do tipo: "Tem mais mulher do que homem. Os poucos homens que tem estão gostando mais de homem. Só encontro homem casado. Os caras de hoje só querem 'ficar'. Ninguém quer nada sério. A mulherada está atacando demais". E por aí vai.
Para chamar a atenção, a Clô é capaz de tudo. Ontem mesmo, ao sair com um cara que adora mulher de cabelo comprido, ela foi de peruca. Quando o cara viu a Clô, gamou na hora. Ela, para se exibir, jogou o cabelo para trás e... a peruca foi parar do outro lado da rua. Pior do que isso foi ela correr para esconder a peruca na bolsa e ficar com todo aquele cabelo saindo para fora. Depois dessa, a Clô, tadinha, está lá, encalhada, esperando por mais emoções.
Sua dica é: quando estiver de peruca, não invente de jogar a franja. Certifique-se de que ela está bem presa. Senão...

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