São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996
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Policial é assassinado durante falsa blitz na zona norte do Rio

Ele foi atingido por tiro após ser obrigado a parar o carro

PAULO CÉSAR CASTRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O capitão da PM (Polícia Militar) Francisco Alcides Jesus de Barros, 29, foi morto por volta de 19h de anteontem, em Cascadura (zona norte do Rio), depois de ser assaltado por quatro homens armados que fingiam realizar uma blitz.
Barros servia na Companhia Independente de Polícia Militar, que faz a guarda do palácio Guanabara, em Laranjeiras (zona sul), sede do governo estadual.
Durante a falsa blitz, o militar foi obrigado a parar o carro -um Gol vermelho, placa KLH-6341- na esquina das ruas Itamarati e Gaspar Viana.
Barros foi morto depois que, revistado seu carro, os homens o identificaram como sendo PM. Em seguida, eles levaram o carro do capitão.
O capitão foi atingido por um tiro de fuzil AR-15. Ele ainda foi levado para o hospital Cardoso Rodrigues, em Cascadura, mas já chegou morto. Foi transferido em seguida para o IML (Instituto Médico Legal).
Quando foi abordado pelos quatro homens, o capitão estava acompanhado da mulher, Maria Magali Lajes Rodrigues, e do filho. Eles não chegaram a ser feridos.
O carro do militar foi encontrado abandonado horas depois na rua Teixeira de Castro, em Bonsucesso (zona norte).
O caso foi registrado na 29ª DP (Delegacia de Polícia), em Madureira (zona norte). Até o final da tarde de ontem, a Polícia ainda não tinha informações que pudessem levar aos autores do crime.
O militar foi enterrado no final da tarde de ontem, no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap (zona oeste).

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