São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996
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Interior compra Bic chinesa

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

A Bic está preocupada com seus mercados fora dos grandes centros como Rio e São Paulo, diz o assessor da diretoria Jean Paulo Robin.
Segundo ele, nesses mercados será mais difícil detectar as falsificações de suas canetas vindas frequentemente da China.
Em São Paulo, a situação é mais fácil de controlar. A Bic acredita que conseguiu inibir a importação de novas cargas de canetas falsificadas com a apreensão, no último dia 25 de março, de 2.328.800 "Bics"chinesas.
Esta importação foi feita legalmente, mas o importador está sofrendo ações cível e penal, afirma Robin.
A caneta chinesa tem o mesmo design que a Bic e apenas pequenas alterações no logotipo, onde, em vez do nome Bic aparecem as letras BC e o bonequinho com a caneta é substituído por um ursinho.
"Quem compra, pensa que está levando uma Bic", diz Robin.
Ele diz que o problema é que, mesmo sendo muito parecidas, elas têm grandes diferenças de qualidade, que podem comprometer a imagem da empresa.
"É um atentado contra a marca", afirma.
Para ensinar a identificar a caneta falsificada, Robin explica que ela é menos transparente que a Bic original e as partes injetadas não são de qualidade e são mais opacas que as originais.
Além disso, as tampas têm colorações azuis diferentes umas das outras.
Outras origens
Robin disse não ter idéia de quantas canetas falsificadas podem existir no mercado. Ele diz que também já foram detectadas algumas falsificações vindas da Espanha e outras feitas até mesmo no Brasil.
A diferença de preços é escandalosa. A Bic vende uma caneta no atacado por R$ 0,15, segundo Robin. Ele disse que o preço médio de uma Bic falsificada é de cerca de R$ 0,03.
A Bic também está preocupada com falsificações de seu isqueiro Bic Chama, que começaram a ser encontradas no mercado brasileiro.
(FPN)

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