São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996 |
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Organização argentina ameaça pela Internet assassinar médico Governo desconfia que ORP encubra grupo de direita DANIEL BRAMATTI
"Matamos o filho da p... do Bergés com 23 tiros. Não será o único nem será o último", diz o texto, difundido por empresa que oferece páginas gratuitas na Internet. Há onze dias, a ORP reivindicou a autoria de um atentado contra o médico Jorge Bergés, acusado de ter participação em sessões de tortura durante o regime militar. O médico está internado em estado grave no Hospital Naval, que também foi alvo de um atentado na semana passada. Uma bomba foi localizada nos fundos do prédio e detonada pela polícia. O governo investiga a possibilidade de que a ORP esteja sendo utilizada como "fachada" por grupos paramilitares de extrema-direita. Os atentados teriam como objetivo "comemorar" os 20 anos do golpe militar de 76 e fomentar a repressão à esquerda. O ministro do Interior, Carlos Corach, disse que as ações podem ter autoria de "mão-de-obra desocupada"-ex-integrantes de serviços de informações. Corach afirmou que o governo já tem o retrato falado dos dois homens que atiraram em Bergés e as impressões digitais de um terceiro, que usou um fax público para divulgar uma nota à imprensa. O ministro do Interior minimizou as declarações de Francisco Benzi, um suposto agente policial "infiltrado" na ORP, que disse ter avisado os serviços de segurança, com 25 dias de antecedência, que Bergés sofreria um atentado. Texto Anterior: Guerrilha da Libéria aceita negociação e recorre à ONU Próximo Texto: Ofensiva deixa 4 mortos Israel ataca e causa fuga de 400 mil Índice |
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