São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996
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País detém oposicionista

CARLOS ALBERTO IDOETA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Youssou N'Dour é senegalês e um dos astros da música pop contemporânea. Pierre Sané, seu compatriota, é o secretário-geral da Anistia Internacional.
Os dois já vieram ao Brasil pedir pelos direitos humanos. Do Senegal recebemos também notícias de violações persistentes de direitos fundamentais.
Dezenas de presos de consciência cumpriram meses de injustas penas no cárcere. Entre eles, militantes de partidos de oposição que protestaram contra medidas econômicas e membros de um movimento juvenil islâmico.
O exército foi responsável por "desaparecimentos" e por prováveis execuções extrajudiciais de simpatizantes do movimento separatista da região de Casamancia. O número de mortes terá superado uma centena desde 1992.
Uma missão da Anistia visitou o país em 1993 e não encontrou nas autoridades vontade de cooperar.
Em setembro, o governo disse que "deslizes" e "erros infelizes" não significavam a prática da tortura.
Os separatistas armados de Casamancia cometeram graves abusos como o homicídio deliberado de civis desarmados. Seus ataques violentos cobraram dezenas de vidas, tanto de soldados como de civis, entre eles eleitores e organizadores da eleição de 1993.

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