São Paulo, terça-feira, 16 de abril de 1996![]() |
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Suspense
NELSON DE SÁ
- Tem gente no governo defendendo a troca do presidente do Banco Central. Vem a Bandeirantes e anuncia, no meio da tarde: - Continua muito delicada a situação do presidente do Banco Central. Depois: - Daqui a pouco o presidente da República se reúne com os ministros da área econômica, com a presença de Gustavo Loyola. Ele pode aproveitar a oportunidade para pedir demissão. Foi um dia inteiro de suspense, de "boatos", segundo a CBN. À noite, apareceu Sergio Amaral e garantiu: - Não tem fundamento. Pode ser, mas outro dia desses e ele pede demissão mesmo. Vencido pela TV. Outra vez Foi assim que começou o desastre dos petroleiros: - Os servidores federais entram em greve. Tentam pressionar o Congresso a não votar as reformas administrativa e da Previdência. Além de não estar nada bem o prestígio dos servidores, como não estava antes a dos petroleiros da Petrobrás, aparece outra vez a confusão entre necessidades salariais e partidárias. E reaparece também, como indicava ontem a CBN, a intransigência de FHC. Defesa da democracia Aliás, contra as reformas, vale o que der. Foi marcado agora um Ato Público em Defesa da Democracia, por petistas e pedetistas. O ato é de velhos tempos, bem como os protagonistas: Lula e Leonel Brizola. A diferença é que agora, ao lado deles, estão José Sarney e Delfim Netto -que ontem questionava os atos ditatoriais da "maioria" do Congresso, na Record. E a defesa da democracia entra como mero eco de retórica, na ação partidária contra as reformas. E-mail1nelsonsa@folha.com.br Texto Anterior: O que pode ser afetado pela greve Próximo Texto: Petrobrás desconhecia dossiê do governo Índice |
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