São Paulo, quarta-feira, 17 de abril de 1996
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Treinador do 'Dream Team 3' quer evitar vaidades nos Jogos

Lenny Wilkens não quer comparação com campeões de 92

DA REPORTAGEM LOCAL

Manter sua equipe concentrada e evitar qualquer crise de estrelismo são as tarefas encaradas por Lenny Wilkens, 58, técnico do "Dream Team 3", como os principais desafios na Olimpíada de Atlanta.
Se para qualquer outro técnico de equipe masculina de basquete a missão mais difícil será bater a representação norte-americana nos Jogos, Wilkens parece ter entrado no espírito de que os EUA só perdem para si.
"Penso que o maior desafio é manter todos concentrados e não achar que temos de competir com o que o time de 92 fez", disse o treinador, em entrevista pela Internet.
Além do fantasma da seleção norte-americana de 92, campeã em Barcelona, Wilkens considera os adversários do leste europeu os mais perigosos em Atlanta.
"Lituânia, Croácia e Iugoslávia são, provavelmente, os três melhores times", afirmou.
"O jogo deles se parece ao de profissionais. Um monte de jogadores deles atuam na NBA, ou, profissionalmente, em outros lugares do mundo", acrescentou.
Primeiro profissional a acumular mil vitórias como técnico na liga norte-americana, o atual treinador do Atlanta Hawks criticou a formação dos jogadores de basquete nos EUA.
"Os atletas que surgem hoje são, com certeza, talentosos. Mas acho que o conhecimento do jogo não está onde deveria", declarou.
"Os jogadores frequentemente saem da universidade cedo, sem absorver as nuances do jogo."
Wilkens ainda comentou as chances da equipe feminina do país nos Jogos. "Elas formam um bom time, com boas chances de obter a medalha de ouro", disse.

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