São Paulo, quarta-feira, 17 de abril de 1996
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A vez das mulheres

THALES DE MENEZES

O Rio tem, nesta semana, a chance rara de acompanhar algumas das melhores tenistas do mundo. Entre elas, Steffi Graf.
Bastaria a performance da alemã para garantir o espetáculo, mas o torneio-exibição traz um pacote recheado de atrações. Para começar, pode ser uma das últimas oportunidades para a apreciação de Zina Garrison-Jackson, que, na casa dos 30, prepara a retirada.
Mesmo que, nos últimos tempos, tenha se dedicado mais a desenvolver novos talentos e tenha perdido muito de sua agilidade, a norte-americana preserva o estilo clássico e refinado.
Tenista que tem todos os golpes no repertório, serve de modelo aos que querem aprender.
Uma tenista que deve a Garrison também joga. É a teen Chanda Rubin, que carrega no currículo vitórias expressivas diante de Gabriela Sabatini e Arantxa Sánchez.
A garota tem grande visão de quadra e pode surpreender.
Outra atração é a norte-americana Gigi Fernandez. Não bastasse ser a melhor duplista do mundo, é sempre eleita a jogadora mais bonita.
Além de bonita, Gigi é divertida e carismática. Seu charme arrebata legião de fãs, que costumam atirar à quadra flores, chocolates e bilhetes. Pena que ela não trouxe a parceira habitual de duplas, Natalia Zvereva.
Num torneio de estrelas, normal alguns nomes participarem para preencher a tabela. É o caso de Lisa Raymond e Magdalena Maleeva. Podem ser esforçadas, mas não vão ofuscar o show de Graf e Martínez.
Uma decisão entre as duas seria ideal. Afinal, que os fãs de Monica Seles não leiam isso, Graf e Martínez têm os melhores desempenhos dos últimos meses. Arrasaram adversárias e estão em ótima forma.
A escolha do Rio de Janeiro foi perfeita, já que, há tempos, o Estado tenta botar mais oxigênio em seu cenário tenístico. Um desfile de tenistas desse quilate pode ser um bom incentivo.

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