São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996 |
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Contaminação inutiliza 40% das vacinas
CRISTINA GRILLO
O principal foco de contaminação ocorreu durante o processo de colocação da vacina nos frascos. O produto não chegou a ser distribuído. A contaminação foi detectada antes pelo departamento de controle de qualidade do Bio-Manguinhos e pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Consultores internacionais foram contratados para assessorar a instituição. Laboratórios passaram por obras, e equipamentos foram ajustados. Credibilidade João Quental, 44, diretor do Bio-Manguinhos, disse ontem que o problema de contaminação já foi resolvido, e que as vacinas contra meningite C usadas em Campinas haviam sido aprovadas pelos controles de qualidade do Bio-Manguinhos e do INCQS. "Não posso descartar a hipótese de ter havido contaminação aqui, mas também não tenho provas para dizer que houve. Se tiver acontecido aqui, nós vamos assumir nosso erro", disse Quental. A perda de 38,6% da produção e as reações registradas em Campinas podem, segundo Quental, "fragilizar a credibilidade" da instituição. "Mesmo ressaltando que a perda faz parte de qualquer linha de produção e que nunca saiu daqui nenhuma vacina que causasse problemas à população, há o risco de atingir nossa credibilidade." Quental não soube estimar o valor do prejuízo causado pela inutilização do produto. Paulo Buss afirmou ainda não ter nenhum indício do que possa ter acontecido com a vacina aplicada em Campinas, mas afirmou não haver risco de sequelas ou de algum tipo de contaminação para aqueles que apresentaram reação. Os técnicos da Fiocruz não sabem, no entanto, se quem tomou a vacina está imunizado. Para isso, serão feitos testes de acompanhamento nas pessoas que apresentaram reação e nas que não apresentaram, para estudo comparativo. LEIA MAIS na pág. 3 Próximo Texto: 'Temos certeza de que é segura' Índice |
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