São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996
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Bares 'adotam' máquinas de camisinhas

DA REPORTAGEM LOCAL

Bares, restaurantes e casas noturnas de São Paulo estão aderindo às máquinas para fornecer produtos de "primeira necessidade".
Com moedas de real, o notívago pode adquirir camisinhas, absorventes internos e escovas de dente em máquinas automáticas semelhantes às usadas para vender cigarros no exterior.
"Elas já deveriam ter vindo para cá há muito tempo. Todo bar deveria ter uma", diz Emerson Muratori, gerente de vendas, 26.
Ele usou a máquina nos EUA há três meses e estreou a nacional terça, no restaurante Filomena.
Mas nem todos se sentem à vontade com uma máquina dessas no banheiro do bar, que é onde a maioria delas está instalada.
Ricardo Schreer, 25, analista de sistemas, acha que a máquina "força a barra". "Sou conservador, mesmo. Num lugar como esse, não deveria haver uma máquina de camisinhas."
"Todo mundo está sujeito à Aids. Nossa função é ajudar a prevenir", diz a proprietária do Filomena, Roberta Suplicy, 51.
Há dois tipos de máquina no mercado. A Lets Sex -que vende três modelos de camisinhas, com preços que variam de R$ 1,50 a R$ 2,50-, aceita moedas de R$ 1,00 e de R$ 0,25. Na Multivend, pode-se comprar preservativos, absorventes e escova dental por R$ 1,00.

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