São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996
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Cenibra duplica produção

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO ORIENTE (MG)

A Cenibra (Celulose Nipo-Brasileira) inaugurou ontem a sua segunda linha de produção, que duplicará a sua capacidade, passando das atuais 350 mil toneladas por ano para 700 mil ton por ano.
Com isso, segundo a própria Cenibra, a empresa passa a ser a segunda maior produtora do mundo de celulose, ficando atrás apenas da Aracruz, localizada no Espírito Santo.
Foram investidos na empresa US$ 792,7 milhões para a implantação da segunda linha.
A Companhia Vale do Rio Doce, que detém 51,48% das ações da empresa, captou US$ 200 milhões no mercado.
O restante do dinheiro foi obtido junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) -US$ 139 milhões-, aporte dos dois acionistas (US$ 50 milhões) e recursos próprios da empresa.
O presidente da Cenibra, Luiz Otávio Valadares, disse que a nova linha de produção foi terminada três meses antes do prazo.
Valadares disse que a estimativa inicial era de fechar o ano com um lucro próximo de US$ 129 milhões. Esse número, porém, terá que ser revisto, já que os preço da celulose estão em baixa no mercado internacional.
Vale do Rio Doce
Os japoneses da JBP, sócios da Cenibra, estão preocupados com a forma de privatização da Vale do Rio Doce.
É que, por acordo firmado entre os acionistas, eles têm prioridade na compra das ações da empresa.
A questão é que se a venda da Vale for em bloco, ou seja, incluir também as empresas controladas, Cenibra estaria nesse bolo.
O diretor da JBP, Keiichi Ohashi, disse que no encontro de cerca de dez minutos que os japoneses tiveram ontem com o presidente, não deu para colocar as questões que pretendem esclarecer. "Foi só aperto de mão", disse.

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