São Paulo, sexta-feira, 19 de abril de 1996 |
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Reunião iria definir compra da fazenda Diretor seguiu para região na quarta ESTANISLAU MARIA
A propriedade está em disputa há dois anos e foi invadida há um mês e meio pelos sem-terra. O superintende do Incra em Belém, Walter Cardoso, viajou anteontem a Marabá para se encontrar com os sem-terra e informar que o governo federal iria comprar parte da Macaxeira. O confronto dos manifestantes com a Polícia Militar do Pará, porém, atropelou a reunião. Área produtiva Um laudo elaborado no ano passado pelo Incra aponta a fazenda Macaxeira como terra produtiva. A propriedade é constituída por 26 mil hectares de terra, divididos entre 13 donos. As principais atividade desenvolvidas lá são a pecuária e a extração de castanha do Pará. Parecer O Iterpa (Instituto de Terras do Pará) enviou na semana passada ao Incra parecer favorável à aquisição de uma área de 5.921 hectares da Macaxeira. Como a área em disputa é produtiva, não cabe ao Incra a desapropriação. "Depois da compra, fazemos a demarcação e o assentamento. Mas o processo é demorado', disse a diretora fundiária do Incra em Belém, Conceição de Souza. "As pessoas, antes de culparem o Incra pela violência na terra, precisam entender que há uma série de leis a ser respeitada. Não podemos passar por cima", disse. Em outubro de 1995, o Incra comprou a fazenda Rio Branco, vizinha à Macaxeira, e começa a assentar 850 famílias. No mesmo mês, as lideranças do MST no Pará iniciaram o cadastramento de trabalhadores para entrar no movimento. Colaborou a Redação Texto Anterior: Cronologia da invasão Próximo Texto: A dívida preocupa (2) Índice |
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