São Paulo, sexta-feira, 19 de abril de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Yellowman encerra turnê pelo Brasil com show único em SP
SÉRGIO MARTINS
"Ainda sou o rei na Jamaica porque dou ao povo o que eles querem", disse o cantor, em entrevista à Folha. "O público jamaicano é durão, joga garrafas se não gosta. E isso nunca aconteceu comigo." E quanto aos "exigentes" fãs de reggae brasileiros? "Fazer show no Brasil é divertido. O público comporta-se como no carnaval." Winston Foster, o Yellowman, é uma lenda viva nos terreiros do raggamuffin. Albino e com quase dois metros de altura, ele sacudiu a Jamaica com letras beirando o sexo explícito. Em sua turnê brasileira, que se encerra em São Paulo, Yellowman divulga as músicas de "Prayer", seu álbum de 1994. "Já tenho outro disco, 'Message to the World', será lançado em breve no Brasil." "Prayer" não é muito diferente dos outros álbuns de Yellowman: o DJ cospe letras libidinosas, batidas eletrônicas e surrupia grooves famosos -como "Oh Carolina", sucesso na interpretação de outro DJ, o também jamaicano Shaggy. "Não acredito que pegar batidas de outras músicas seja roubar". Yellowman é um dos primeiros a apoiar a nova onda rastafari que assola o reggae jamaicano -representada por artistas como Jack Radics, Luciano e Garnet Silk. Justo ele que adora uma baixaria. "O reggae estava indo para um caminho chato, glorificando as armas e a violência. Era necessário que os artistas tratassem de temas mais sérios em suas letras." O DJ não acha que seu estilo sexista seja nocivo aos fãs de reggae. "Eu só falo o que acontece todos os dias: as mulheres gostam dos meus galanteios." (SM) Show: Yellowman Onde: Olympia (rua Clélia, 1.517, Lapa, tel 252-6255) Quando: 22 de abril, 21h30 Quanto: entre R$ 25 e R$ 45 Texto Anterior: Ziggy volta ao Brasil com reggae ousado Próximo Texto: Diana King mostra reggae sacolejante em CD de estréia Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |