São Paulo, sábado, 20 de abril de 1996 |
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Bolsa paulista sobe; BC muda minibanda
JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
Os títulos da dívida externa também fecharam o dia em alta -com o movimento altista sendo puxado pelos papéis argentinos e mexicanos. O C-Bond, o mais negociado título brasileiro, subiu 2,32% e fechou cotado a US$ 0,6088. Não importando as razões que levaram José Eduardo Andrade Vieira a pedir demissão do ministério, o fato, segundo os analistas, é positivo: já que antecipa o processo da reforma ministerial. A reforma do ministério, acreditam (e essa também foi a leitura dos investidores estrangeiros), deve ajudar a consolidar a base governista no Congresso. Ou seja, e é isso que interessa ao mercado, a nova composição deve agilizar o processo de aprovação das reformas estruturais, como a previdenciária e administrativa. Detalhe: se depender do desejo dos analistas a reforma seria mais ampla do que a pura e simples troca do comando da Agricultura. Mas, já começam a existir divergências. Alguns bancos apostam que o mercado tem exagerado. No over, a liquidez continuou apertada, obrigando o BC (Banco Central) a emprestar recursos a 3,21%. Os analistas esperam alguma folga para a próxima semana. O governo paga o funcionalismo e transfere recursos para Estados e municípios, o que, calculam, deve aumentar a liquidez em aproximadamente R$ 900 milhões. Por conta dessa injeção de recursos, os negócios fechados ontem para serem liquidados na segunda-feira pagaram juros de 3,14%. No câmbio, o BC alterou a minibanda cambial. Com correção de 0,2%, a segunda do mês, o dólar passa a flutuar agora entre R$ 0,991 e R$ 0,996. Depois, como as entradas continuam superando as saídas, o BC foi obrigado a comprar dólares. A alteração da minibanda mexeu com o mercado futuro de câmbio, que passou a projetar correções maiores nos dólar no segundo e terceiro meses. O dólar-cabo, cotação para remessas ilegais de divisas, fechou acima de R$ 1,00. Texto Anterior: FMI discute dívidas de países pobres Índice |
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