São Paulo, sábado, 20 de abril de 1996
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Peres mantém a liderança em pesquisa

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma pesquisa divulgada ontem pelo instituto Gallup mostra que a ofensiva contra o Hizbollah ainda está trazendo ganhos eleitorais para o premiê Shimon Peres.
Segundo o levantamento, o Partido Trabalhista, de Peres, tem 49% das intenções de voto, contra 39% do Likud, liderado por Binyamin Netanyahu.
Não se sabe, porém, se a vantagem de Peres será confirmada no pleito de 29 de maio, caso a opinião pública conclua que a operação militar fracassou.
"Do ponto de vista da imagem de Israel, é um golpe muito duro, dado que as críticas chegam inclusive daqueles que admitem nosso direito de autodefesa", reconheceu o porta-voz do governo israelense, Uri Dromi.
Pesquisa feita antes do massacre de 101 refugiados libaneses indicava que 82% da população era favorável à operação militar no Líbano.
Após a morte de Yitzhak Rabin, Peres era o favorito absoluto para vencer as eleições (veja quadro). A viúva do premiê, Leah, chegou a acusar o Likud de criar o clima hostil que resultou no assassinato de Rabin por um radical de direita.
Uma onda de ataques suicidas do Hamas (Movimento de Resistência Islâmica), iniciada no final de fevereiro, fez o Likud ganhar terreno. Peres reagiu com o bloqueio a áreas palestinas e pressionou Iasser Arafat a combater os radicais.
Estabilizou sua popularidade, e a vitória contra o Likud pode ter sido garantida com a ofensiva contra o Hizbollah.

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