São Paulo, segunda-feira, 22 de abril de 1996
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SP depende de empréstimo

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo de SP precisa comprovar as obras de despoluição do Tietê e cumprir os prazos previstos para obter novos empréstimos.
O Estado conta hoje com empréstimo de R$ 900 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para realizar as obras iniciais de despoluição do rio Tietê, na Grande São Paulo, até 1998.
Para complementar essas obras e ainda ampliar a coleta de esgoto e o tratamento de água em todo o Estado, o governo necessitará de mais R$ 2,13 bilhões.
O superintendente da fundação SOS Mata Atlântica e presidente do comitê do Alto Tietê, Mario Mantovani, é contra a canalização de rios como forma de evitar a poluição hídrica.
"É preciso preservar a várzea (área nas margens dos rios sujeita a inundações). Não adianta construir pistas marginais ou permitir a construção de conjuntos habitacionais próximos a essas áreas. Grande parte da poluição dos rios acontece porque não é respeitada a natureza do rio", disse Mantovani.
Segundo ele, nos locais de várzea deveriam ser construídos parques.
"Muitos governos preferem as grandes obras, como construção de estações de tratamento, que não resultam na despoluição dos rios."
(AL)

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