São Paulo, terça-feira, 23 de abril de 1996
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Venda de ouro para ajudar pobres divide G-7

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Os países industrializados estão divididos na reunião semestral do FMI (Fundo Monetário Internacional), que acontece em Washington.
EUA e Reino Unido apóiam proposta do diretor-gerente do Fundo, Michel Camdessus, que deseja vender parte das reservas de ouro da entidade para ajudar os países mais pobres do mundo. A Alemanha é contra.
O Brasil apóia a proposta de Camdessus.
O impasse só vai ser resolvido na assembléia anual do Fundo, em setembro. O FMI tem reservas de ouro no valor de US$ 40 bilhões. A proposta de Camdessus é vender 5% desse total.
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, que representa o Brasil no encontro, discursou ontem diante do comitê interino do Fundo, órgão encarregado de supervisionar a administração da entidade.
Malan expressou a opinião brasileira de que é preciso "cuidado excepcional" antes de o Fundo decidir realizar ampla divulgação de dados sobre sistemas financeiros ou problemas bancários de países membros.
O ministro considera as perspectivas econômicas para a América Latina "encorajadoras" e citou como exemplo a retomada do fluxo de capitais para a região em 95.
Grupo dos sete
O grupo dos sete países mais desenvolvidos, o chamado G-7, tentou chegar a um consenso em torno da venda das reservas de ouro em reuniões no domingo.
Para o secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin, uma possibilidade para se conseguir mais recursos para os países em desenvolvimento seria vender o ouro. "Mas há outras possibilidades", afirmou.

Colaboraram as agências internacionais

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