São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996
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Análise feita nos EUA mostra excesso de proteína em vacina

Órgão norte-americano se baseou na descrição da reação

DA FOLHA SUDESTE

Análises feitas pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention), dos EUA, mostram que havia excesso de proteínas na vacina contra meningite meningocócica tipo C aplicada em Campinas e Hortolândia (SP).
O CDC é um órgão de controle e prevenção de doenças do governo americano com sede em Atlanta. As análises foram baseadas em relatórios sobre as reações enviadas pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do Estado.
A vacinação contra meningite tipo C causou reações em pelo menos 7.500 pessoas.
A vacina é feita com proteínas da própria bactéria causadora da doença que se quer prevenir.
O laudo contraria exame feito pela Laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que fabrica a vacina.
O exame feito pelo laboratório com amostras da vacina não indicava excesso de proteína (a endotoxina) no lote de Campinas.
As análises de amostras da vacina também estão sendo feitas pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, pelo INCQS (Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde) e pelo órgão americano FDA (Food and Drugs Administration).
Os resultados devem ser divulgados até a primeira quinzena de maio. "Precisamos esperar todos os laudos para saber o que houve. A endotoxina foi descarta em nosso exame", disse o vice-presidente de Produção e Desenvolvimento Tecnológico da Fiocruz, Eduardo Vieira Martins, 46.
Ele e outros três médicos epidemiologistas chegaram a Campinas ontem para oferecer ajuda à prefeitura em um levantamento sobre as reações causadas pela vacina.

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