São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996
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União quer dividir subsídio ao álcool

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Luiz Paulo Vellozo Lucas, disse ontem que o governo quer dividir os custos do subsídio ao álcool com os Estados produtores.
Segundo ele, São Paulo responde por 7 bilhões dos pouco mais de 13 bilhões de litros do produto fabricados anualmente.
"Nada mais justo do que dividir essa tarefa com quem tira benefícios do álcool", afirmou Vellozo Lucas durante debate sobre política de combustíveis na Comissão de Minas e de Energia da Câmara dos Deputados.
Ele afirmou que esse é o "cenário preferencial" para custear um total de R$ 2 bilhões destinados ao Proálcool.
Fim do subsídio
Em 1º de janeiro de 1997 termina o subsídio embutido no preço da gasolina e o governo vai ter de achar uma alternativa para o setor.
O Ministério da Fazenda estuda outras duas propostas. Numa delas o governo federal arcaria sozinho com esse subsídio, por meio do Orçamento fiscal. A outra prevê a redução gradual da atual frota de cerca de 4,3 milhões de carros a álcool.
Vellozo Lucas disse que só o álcool hidratado requer subsídios, já que o anidro (misturado com a gasolina) é economicamente rentável. "O anidro vai caminhar com as próprias pernas", disse.
Segundo ele, o governo vai autorizar as distribuidoras a comprarem o anidro diretamente dos produtores.
Pelo cronograma do governo, isso só ocorreria em janeiro, mas poderá haver antecipação.
"Esperamos só a BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) criar contratos futuros para o anidro", afirmou Vellozo Lucas.

LEIA MAIS sobre combustíveis na pág. 2-6.

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