São Paulo, quinta-feira, 25 de abril de 1996 |
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Delegação compra perfumes e 'elefante'
MARCELO DAMATO
Dois deles, na hora do almoço, aconteceram no shopping center que existe anexo ao hotel em que a seleção ficou hospedada, em Sandton City, subúrbio rico da cidade, onde a maioria dos que vivem lá são brancos e a maioria dos que trabalham não são. Nesse shopping, por exemplo, o volante Amaral gastou cerca de US$ 200 no seu perfume preferido, "Escape", da Calvin Klein, e em outros produtos da mesma marca. Fora dos shopping, o técnico Zagallo e o médico Artur Jordi Macedo compraram as maiores peças. Macedo pagou US$ 70 por um elefante de pedra. "Pesa uns 22 quilos", afirmou. Zagallo comprou um busto de negro, do mesmo material, um pouco mais leve. Marcelinho Zagallo voltou a elogiar o atacante Bebeto. "Eu o conheço desde o tempo de Flamengo." Essa posição, aliada ao regulamento para a inscrição dos jogadores nos Jogos Olímpicos, acaba com as chances de jogadores como Marcelinho e Túlio irem a Atlanta. Para os Jogos Olímpicos podem ser inscritos 18 jogadores. Pelo menos 15 precisam ser nascidos de 1973 em diante. Três podem ter qualquer idade. Desses três jogadores, no máximo um será chamado por Zagallo para o ataque. Esse setor é o que teve a melhor renovação. Existem pelo menos cinco jogadores que agradam a Zagallo: Sávio, Luizão, Ronaldo (PSV), Caio e Leandro. Mas só há três ou quatro vagas para o ataque. E, para Zagallo, Marcelinho só se encaixaria no seu ataque, não na ligação com o ataque, posição que ontem foi ocupada por Jamelli e, depois, por Rivaldo. Para piorar, o meia-atacante corintiano não tem história na seleção brasileira. Jogou só uma vez, em dezembro de 1994, mas não se destacou. Assim, as chances de Marcelinho, no momento, se resumem a esperar por uma chance após a Olimpíada. (MD) Texto Anterior: Amaral não vê último gol Próximo Texto: E o velho Lobo dobra o cabo das Tormentas Índice |
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