São Paulo, sexta-feira, 26 de abril de 1996 |
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"Tommy" reestréia em ritmo alucinante Ópera do The Who volta a Londres THALES DE MENEZES
O espetáculo transcorre em ritmo alucinante, em grande parte devido à utilização de recursos multimídia. Mas em nenhum momento opta pela histrionice com que Ken Russell o adaptou para o cinema na década de 70. A história é a mesma: gira em torno do menino que aos 5 anos sofre um trauma ao ver o pai ser assassinado pelo amante da mãe e se refugia no autismo. O drama passa a se situar depois na obsessão dos pais em fazer o garoto voltar a se comunicar com o mundo. Mas a montagem é um grande espetáculo audiovisual, com coreografias que promovem um bom equilíbrio na ocupação do palco e cenários incessantemente móveis. Ao fundo soa, é claro, a música de Pete Townshend, sob a regência de Colin Welford. O público, sobretudo a parcela formada por adolescentes, se diverte. Cordas vocais Paul Keating, no papel-título, dá conta do recado. Encarnando a Senhora Walker, a cantora Kim Walker mostra a toda hora do que suas cordas vocais são capazes, e Alistair Robins tem um bom desempenho como o Senhor Walker. Quem rouba todas as cenas em que aparece, porém, é o veterano Ian Bartholomew, como o Tio Ernie. Outro ponto alto é a aparição de Nicola Hughes encarnando a mística negra supostamente capaz de curar o menino. A peça fica em cartaz até setembro no Shafestbury Theatre. (TM) Texto Anterior: Bryan Singer faz suspense à antiga Próximo Texto: Uau! Trânsito nas esquerdas, só em Londres! Índice |
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