São Paulo, domingo, 28 de abril de 1996
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PT e PDT continuam na liderança em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisa realizada pelo Datafolha na cidade de São Paulo na terça-feira e na sexta-feira últimas atesta que Luiza Erundina (PT) e Francisco Rossi (PDT) mantêm liderança folgada em relação aos outros possíveis candidatos à prefeitura paulistana.
Nos oito cenários pesquisados, em que se alternam candidaturas diferentes de PPB e PSDB, Erundina lidera em cinco deles e Rossi nos outros três.
Além da petista e do pedetista, o nome fixo em todas as situações de voto é de João Leiva (PMDB).
No quadro que hoje se apresenta como mais provável para a eleição de outubro, com Reynaldo de Barros (PPB) e Walter Feldman (PSDB), Erundina tem 32% das preferências, contra 27% de Rossi.
PPB
Na mesma situação, Reynaldo fica com 10% e Feldman tem 6%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para cima ou para baixo.
Quando Reynaldo é substituído por Celso Pitta, outro possível candidato do PPB, o partido do prefeito Paulo Maluf cai para o último lugar, com 3%.
Aí, com a saída de Reynaldo, registram-se ligeiras oscilações a favor de Rossi e Leiva.
No quadro mais provável de candidaturas, Erundina e Rossi empatam na faixa com escolaridade e renda mais baixas. A vantagem da petista é entre os eleitores com nível escolar e renda superiores.
A distribuição dos votos de Erundina e Rossi é equilibrada entre homens e mulheres. Por faixa etária, verifica-se que a petista tem menor adesão entre os mais velhos. Já Rossi tem distribuição equilibrada de votos.
Rossi tem voto petista
Ainda trabalhando com a situação mais provável de candidatos, a pesquisa do Datafolha revela que Rossi causa algum estrago no quintal de Erundina: 11% dos que se declaram petistas votam em Rossi. O pedetista também invade o PMDB, já que 36% dos adeptos do partido de Leiva estão com Rossi. Outros 17% pretendem votar em Erundina e Leiva fica com 14%.
No confronto interno do PPB, Pitta leva desvantagem em relação a Reynaldo em todas as divisões.
Na divisão por cor do eleitor, constata-se que os líderes fazem duelo equilibrado entre brancos e pardos. No contingente de negros, a petista bate o adversário por 37% contra 18% das preferências.
Pitta, o único possível candidato que é negro, obtém na melhor das hipóteses 5% dos votos negros. Ressalve-se que Pitta é desconhecido até fisicamente por grande parte do eleitorado.

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