São Paulo, domingo, 28 de abril de 1996 |
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Birôs têm uma concorrência muito acirrada
NELSON ROCCO
O mercado é concorrido, mas, segundo Rita Gonçalves, 35, dona da Ecram Artes e Produções Gráficas, "não falta trabalho para quem trabalha com qualidade". Ela está no setor desde 1991 e atende a quatro clientes. Na época, conta, o investimento para montar a sua própria empresa ficou em aproximadamente US$ 25 mil. "Os computadores custavam muito caro. Hoje, com aproximadamente R$ 10 mil, é possível abrir um birô", diz. Rita, que trabalha sozinha, executa projetos de jornais para empresas, revistas, capas e páginas de livros. Pela arte de uma capa de livro, em quatro cores, Rita diz que cobra cerca de R$ 200. Páginas de jornal em apenas uma cor, medindo 21 cm por 28 cm, saem por R$ 50 cada. O faturamento mensal da empresa, diz Rita, é de cerca de R$ 8.000. A margem líquida de lucro gira em torno de 37%. Equipamentos Luli Radfahrer, 29, diretor de produção da Kropki Comunicações, diz que, para começar, o empresário precisa de um computador e uma impressora jato de tinta colorida. Ao escolher, aconselha Radfahrer, dê preferência um Macintosh, que é mais indicado para projetos que envolvam fotos e ilustrações e gráficos, afirma ele. Para viabilizar o negócio, "a pessoa pode começar usando scanners (equipamento que transforma imagens retiradas de livros e revistas, por exemplo, em linguagem de computador) e impressora laser de terceiros", afirma Radfahrer, que também é professor na área de publicidade da USP (Universidade de São Paulo). "Para montar um estúdio é preciso ter talento. Nós, por exemplo, começamos fazendo um manual para videogame da Tec Toy e acabamos pegando a conta toda", diz Radfahrer. No início, aconselha Radfahrer, é recomendável que o empresário faça uma pasta reunindo os melhores trabalhos. "Podem ser folhetos para escolas, peças de teatro e folhetos para CDs, porque a classe artística tem bons trabalhos a serem feitos e não tem muito dinheiro para investir em divulgação." Eleições Outro filão do mercado são as campanhas eleitorais. "É o melhor mercado. É o que dá mais dinheiro. Mas também é o que dá mais trabalho", afirma o professor da USP. Para trabalhar, o empresário precisa adquirir uma série de softwares (programas de computador). Radfahrer recomenda que sejam comprados apenas softwares originais, que vêm com manuais e têm assistência técnica do revendedor. Investimento Apesar de ser um bom negócio, é preciso fazer um investimento alto em softwares de editoração -que não são baratos. A Multisoluções é uma revendedora onde podem ser encontrados vários softwares para a área de editoração gráfica. Um Page Maker, versão 6.0 -para confecção de páginas editoriais- custa aproximadamente US$ 885. O programa pode ser usado tanto em computadores tipo PC como em Macintosh. Segundo Paula Cancellari, 24, assistente de marketing da Multisoluções, um programa Photoshop -para manipulação de imagens- custa aproximadamente US$ 885. Um Ilustrator -para trabalhos de ilustração- custa cerca de US$ 600, afirma ela. Texto Anterior: Restaurantes típicos de São Paulo resistem ao novo produto Próximo Texto: Redes de franquias têm oportunidades na área Índice |
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