São Paulo, segunda-feira, 29 de abril de 1996
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Homem mata 32 turistas na Austrália

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um deficiente mental matou 32 turistas que visitavam as ruínas de uma prisão na ilha da Tasmânia, sul da Austrália.
O massacre, o maior da história do país, ocorreu em Port Arthur, 100 km a sudeste da capital da ilha, Hobart. Segundo a polícia, o número de vítimas pode aumentar. Outras 18 pessoas ficaram feridas.
O homem, de 29 anos, se alojou em um albergue e tomou um número não definido de reféns.
Ele exigia um helicóptero para fugir e negociava pelo telefone com a polícia. A família do homem, não identificado, estava ajudando nas negociações.
Segundo a polícia, a negociação era difícil porque os comentários do homem não faziam sentido.
Prancha de surfe
O homem chegou a Port Arthur em um carro com uma prancha de surfe no teto. Conversou com turistas antes de entrar em um café e começar a atirar com um rifle. O massacre prosseguiu em um estacionamento e em um hotel.
"Ele disse: 'Há muitos Wasps (sigla em inglês para branco, anglo-saxão e protestante) aqui hoje, não muitos japas', e aí entrou e começou a tirar", disse um sobrevivente.
Segundo testemunhas, ele não atirava aleatoriamente, mas escolhia as vítimas antes de disparar.
A polícia disse que a maioria das pessoas foi morta no hotel. Entre os mortos há asiáticos e, segundo testemunhas, algumas crianças.
Há indicações de que ele também tenha disparado contra um helicóptero que levava feridos para Hobart. Outras informações também indicam que um carro atingido por disparos pegou fogo.
"O carro queimado está muito perto de onde ele está", disse um porta-voz da polícia. "Não podemos chegar perto para confirmar se há corpos em seu interior."
O local do massacre era uma das colônias penais mais remotas da Austrália, hoje atração turística. A prisão funcionou entre 1830 1877.

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