São Paulo, quarta-feira, 1 de maio de 1996
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Comissão solicita a cassação de Chedid

Dois acusados são inocentados

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A comissão de sindicância da Câmara que investigou as denúncias de extorsão contra integrantes da CPI dos Bingos pediu ontem a cassação do mandato do deputado Marquinho Chedid (PSD-SP), sob acusação de quebra de decoro parlamentar.
Ele foi acusado de extorquir donos de casas de bingo e ser conivente com informações falsas ditas por eles nos depoimentos à Comissão Parlamentar de Inquérito.
Em troca do recebimento de propina, Chedid tentaria isentá-los de culpa durante as investigações da CPI, da qual fazia parte.
Os outros dois deputados supostamente envolvidos, Eurico Miranda (PPB-RJ) e Vicente André Gomes (PDT-PE), foram considerados inocentes na sindicância.
O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), deve enviar o pedido de cassação para avaliação da Mesa ainda nesta semana.
O passo seguinte é a votação do pedido pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e depois pelo plenário da Câmara da Câmara, onde Chedid pode conseguir segurar seu mandato.
É preciso que a maioria absoluta dos deputados -257 dos 513- seja favorável à cassação.
Outro lado
Chedid divulgou ontem nota à imprensa repudiando o resultado das investigações.
"Como venho repetindo, não há nenhuma prova das acusações que me foram feitas por pessoas sem credibilidade que, por uma vez, são marginais ou com eles estão envolvidas", escreveu.
Chedid disse ser "assustador que meia dúzia de marginais tem (sic) credibilidade e o mesmo não ocorre com um representante de quase 68 mil votos".

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