São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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Ministro ataca líder do partido de FHC
CARLOS EDUARDO ALVES
"Ele (Aníbal) está criticando o presidente da República e a equipe econômica no caso da última medida provisória", disse Santos. O novo ministro referia-se à crítica que o líder tucano fizera à sua atuação no caso da MP que criou a contribuição previdenciária dos servidores inativos e aumentou a contribuição dos autônomos ao INSS. Na ocasião, Aníbal enxergou "inabilidade" de Santos no episódio, já que em seu entender a contribuição dos inativos deveria ser definida por um projeto de lei. "O novo sistema de articulação política começou com essa surpresa", ironizou Aníbal na terça-feira. Santos argumentou que a opção pela MP e também a taxa de reajuste do salário mínimo foram determinadas por FHC e pelos ministros da área econômica antes de sua nomeação para o ministério. "O José Aníbal não deveria me criticar. Isso pega mal para ele", acha Santos. "Tudo foi construído antes da minha entrada na equipe do presidente", afirmou Santos sobre a impossibilidade de mudar qualquer ponto da MP. Disputa Santos não afirma publicamente, mas no bastidor tem atribuído o tiroteio com Aníbal a ciúme que o tucano sentiria por perder peso na articulação política de FHC, agora entregue a um peemedebista. Aníbal não foi localizado ontem pela reportagem. A rivalidade entre os dois deputados paulistas já foi explicitada no ano passado, com acusações mútuas sobre responsabilidade em algumas derrotas do Planalto na Câmara. Antes de assumir o recém-criado Ministério para Coordenação de Assuntos Políticos, Santos era líder do governo na Câmara. Para tentar evitar o agravamento da crise com o PSDB, Santos vai tentar buscar apoio em outros partidos da base de sustentação parlamentar de FHC. Texto Anterior: Reforma acirra confrontos no governo Próximo Texto: PSDB teme perder cargos e exige mais poder Índice |
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