São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996
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Procurador diz que investiga ex-presidente do Nacional

FERNANDO PAULINO NETO
DA SUCURSAL DO RIO

O procurador da República Alex Miranda, um dos cinco que investiga o Banco Nacional, disse que o sócio controlador e ex-presidente do banco, Marcos de Magalhães Pinto, é suspeito de ter participado das fraudes de crédito e que ele está sendo investigado.
A investigação da notícia-crime do BC (Banco Central) contra o Nacional ocorre em três frentes.
Há inquéritos em andamento na Polícia Federal e no Ministério Público e uma comissão do BC investiga as contas do Nacional.
Esses inquéritos apuram como foram realizados créditos fictícios de cerca de R$ 5 bilhões em 652 contas-correntes do Nacional, entre 1987 e 1995. A PF não sabe precisar a data de início das supostas fraudes nas contas-correntes.
Miranda disse que "há indícios de que ele (Magalhães Pinto) sabia de tudo. E é lógico que ele está sendo objeto de investigação". Para o procurador, Magalhães Pinto estava informado sobre as operações.
O procurador disse ainda não ser possível que um "banqueiro, que não prega prego sem estopa", não soubesse o que estava ocorrendo no banco.
Segundo Miranda, também "há indícios de que o banco já estava para quebrar havia muito tempo".
Em seu depoimento à comissão de inquérito do BC, Marcos de Magalhães Pinto negou que soubesse dos créditos fictícios, informando aos comissários que tomou conhecimento do fato através de notícias de jornais.

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