São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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'A colocação é bem leviana'
RODRIGO BERTOLOTTO
Para ele, houve um mal-entendido. Formado pela USP, com mestrado em psicologia, Neiman não pretende mais trabalhar como professor. Ele vai se dedicar à empresa Physis Cultura e Ambiente, uma organização não-governamental que pesquisa educação ambiental. (RB) * Folha - Em que tese se baseia o exercício na caverna? Zysman Neiman - A gente tem acompanhamento de profissionais de psicologia. Como sabíamos que as idéias valiam a pena, resolvemos ousar. Mas com adolescente é complicado. Folha - Houve contato físico entre você e as alunas? Neiman - Houve toque meu com o grupo. Não procuro garotos e garotas para tocar no exercício. Eu tenho de estar no meio para perceber os limites. Folha - Há alguma orientação antes desse exercício? Neiman - Primeiro, os alunos participam se quiserem. Por sugestões de psicólogos, em algum momento o monitor interfere. Antes do exercício, a gente diz: "As pessoas estão cada mais afastadas. Poucas vezes você tem oportunidade de sentir o outro". Também explica que tem moral na jogada Eu digo: "Se vocês se sentirem invadidos ou agredidos, não façam". Folha - Por que fazer exercício sensorial na caverna? Neiman - A proposta é levar as pessoas às cavernas para terem sensações diferentes das que têm na cidade. Para que o fascínio venha à flor da pele. Já que o aluno está fazendo contato com pedra e árvore, por que não com o ser humano? Folha - Por que no escuro? Neiman - Você quer perceber de outra forma, e a visão percebe sempre. Trabalhamos vários sentidos. A atividade do tato, por ser forte, é feita por último. Texto Anterior: Para psicóloga, uso é perigoso Próximo Texto: Leitora pede explicações ao Correio Índice |
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