São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996
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Instituto vai ajudar 40 mil crianças

DA REPORTAGEM LOCAL

Em quatro meses, o Instituto Ayrton Senna (IAS) -criado em novembro de 94 a partir de uma idéia do tricampeão mundial de F-1, cujo segundo aniversário da morte foi lembrado ontem- vai estar apoiando projetos de cunho social que vão beneficiar cerca de 40 mil crianças e adolescentes carentes em todo o Brasil.
Atualmente, o instituto financia 12 programas em oito Estados, beneficiando 11 mil crianças.
O total de investimentos deve chegar a R$ 2 milhões em 96. O número representa o dobro dos investimentos no ano passado. A expectativa é que em 97 o valor atinja R$ 4 milhões.
Segundo Viviane Senna, irmã de Ayrton e presidente do instituto, 100% dos recursos do IAS vêm dos direitos de comercialização das marcas Senna e Senninha e dos direitos sobre a imagem do piloto.
Viviane afirma que o objetivo do instituto é dar oportunidade de desenvolvimento a jovens que vivem em comunidades carentes.
O IAS busca, segundo ela, evitar propostas assistencialistas, que falham "pela falta de condições de administrar os recursos". Viviane diz que o IAS financia os projetos, mas não os executa.
O lançamento do instituto no Brasil aconteceu em 95, mas os trabalhos tinham começado em 94, com a criação da Ayrton Senna Foundation, em Londres.
A idéia tinha surgido dois meses antes da morte de Ayrton. O piloto tinha afirmado à irmã que pensava em fazer algo para beneficiar as crianças carentes.
A fundação em Londres veio primeiro devido a problemas burocráticos no Brasil. O instituto aposta em trabalhos de formação profissional, esportiva e artística.
Programas
Entre os projetos financiados pelo Instituto Ayrton Senna destacam-se os programas de combate à desnutrição infantil.
Atualmente há dois programas desse tipo. Um é o Projeto Nutrir, que deve atender 13 mil crianças por dia em São Paulo, quando estiver totalmente implantado.
O outro é o Projeto Nutricentro, que deve atender 20 mil crianças por dia no Paraná.
Segundo Margareth Goldenberg, supervisora de projetos do IAS, "não adianta dar oportunidades de desenvolver talentos se um terço das crianças brasileiras são desnutridas".
Segundo Celso Lemos, diretor-geral do instituto, nos próximos três anos o instituto deve receber em direitos de comercialização cerca de R$ 30 milhões.

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