São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996
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Viagens privilegiam a teoria

RODRIGO BERTOLOTTO
DA REPORTAGEM LOCAL

As excursões ecológicas já viraram quase obrigatórias nos colégios particulares de São Paulo, como atividade complementar às aulas teóricas.
Mas os pedagogos dizem que a preocupação deve ser apenas estudar o meio ambiente.
"Os exercícios de sensibilização são muito vazios em termos práticos. Nossa preocupação é passar conteúdo de biologia e geografia aos alunos", afirmou o coordenador de biologia do 2º grau da escola Augusto Laranja (Aeroporto, zona sul de SP).
Para Roberto de Araújo, coordenador de biologia e ciência do Colégio Rio Branco (Higienópolis, zona oeste de SP), as atividades sensoriais servem apenas como pausa entre as lições ao ar livre.
"Os alunos estudam os ecossistemas e as formas de preservação das florestas", disse Araújo.
Seguindo diretrizes similares, a escola Pueri Domus (Brooklin, zona sul) separa as atividades ecológicas dos exercícios de sensibilização, que só são desenvolvidos no grupo de teatro do colégio.
"Nas excursões, estudamos botânica, geografia e geologia. Damos noções de espeleologia. Para tudo isso, temos monitores especializados", afirma Edson Keller, coordenador do núcleo de professores de 2º grau do colégio.
Para a vice-diretora da Instituto de Biociências da USP, Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, os exercícios de sensação são mais apropriados para crianças, já que não se pode passar muito conteúdo teórico.
(RB)

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