São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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Trabalhador vaia reajuste de 12% no DF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O show organizado ontem pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em homenagem ao Dia Internacional do Trabalho alternou canções e protestos.O evento reuniu artistas locais, a banda de reggae maranhense Tribo de Jah e o cantor Alceu Valença. Entre uma apresentação e outra, foi puxado um coro de vaias para o aumento de 12% concedido pelo governo para o salário mínimo -agora fixado em R$ 112. Uma nota elaborada por entidades filiadas à CUT pedia reforma agrária já e dava apoio à greve dos servidores públicos federais, parados desde 16 de abril. No Rio de Janeiro e no Distrito Federal, a paralisação está suspensa. caravana A nota também convocava os trabalhadores para uma greve geral, cuja data ainda será definida. Segundo a secretária-geral da CUT-DF, Rejane Pitanga, os sindicatos regionais vão se reunir nos próximos dias e até o dia 14 será definida a data da paralisação, que pode acontecer neste mês ou em junho. Antes, uma caravana de servidores de diversos Estados chega a Brasília nos dias 8 e 9. O objetivo é reforçar a mobilização da categoria em todo o país. Os funcionários públicos do DF, apesar de terem suspendido a greve, marcaram paralisação de 48 horas para estes dois dias. Custos A organização do show esperava um público de cerca de 20 mil pessoas -mesmo contingente obtido no ano passado- ao lado da rodoviária do Plano Piloto, região central de Brasília. A PM não fez uma avaliação de quantos participaram do evento. O custo foi de R$ 59 mil, rateados entre os sindicatos filiados à entidade. Deste valor, R$ 22 mil foram pagos ao cantor Alceu Valença, segundo os organizadores. Texto Anterior: Reajuste de 15% quebra argumento Próximo Texto: Governo cria TV do trabalhador Índice |
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