São Paulo, quinta-feira, 2 de maio de 1996 |
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Resultados podem se inverter
GABRIEL J. DE CARVALHO
Com isso, ficou reduzida a influência de itens como aluguel e serviços em geral, justamente os que mais subiram após o Real. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), por exemplo, projetado em 18,30% para os 12 meses encerrados em abril de 96, é essencialmente um índice de custo de vida, medido pelo IBGE em 11 capitais do país. Não inclui preços no atacado, praticados por empresas antes que o produto seja oferecido ao consumidor final. No IGP-DI, estimado em 11,25% para igual período, o índice com a característica do INPC, e medido só em São Paulo e Rio, tem peso menor, de 30%. A ponderação fecha os 100% com o índice de preços na construção civil, que pesa apenas 10%. Desde o início do Plano Real, este índice da FGV e seus congêneres IGP-M e IGP-10 estão em patamar inferior ao dos demais, exceto num mês ou noutro, pelo bom comportamento dos preços no atacado (itens da cesta básica também subiram pouco no varejo). Mas nem sempre foi assim. Ninguém garante que, em 1997, os resultados não possam ser inversos. Talvez por isso mesmo a MP não tenha indexado as aposentadorias ao IGP-DI. Só transferiu a data-base dos reajustes de maio para junho, desvinculando-os do salário mínimo e do Dia do Trabalho. Texto Anterior: Inflação pelo IGP-DI é a menor do país Próximo Texto: Reajuste de 15% quebra argumento Índice |
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