São Paulo, sexta-feira, 3 de maio de 1996
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Tribunal adia decisão de libertar 3 réus

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Os advogados dos três réus da chacina da Candelária fracassaram na tentativa de libertar seus clientes ontem. Os promotores do 2º Tribunal do Júri se recusaram a apreciar os requerimentos das defesas do tenente Marcelo Ferreira Cortes, do soldado Cláudio Luiz Andrade dos Santos e do serralheiro Jurandir Gomes de França.
O juiz-substituto, Cláudio Luís Braga Del'Orto, disse que também não decidirá sobre a libertação antes da volta do juiz-titular, José Geraldo Antonio, que está viajando.
Del'Orto afirmou que não conhece o processo o suficiente para decidir pela soltura de acusados presos há quase três anos. Cortes, Santos e França serão julgados pela acusação de terem participado da chacina da Candelária.
Del'Orto é da 25ª Vara Criminal e foi deslocado ontem para o 2º Tribunal do Júri para cobrir as folgas do juiz-titular, cuja volta está prevista para segunda-feira.
As decisões do MP (e do substituto frustraram as pretensões das defesas. O advogado Ekel de Souza, defensor do tenente Cortes, chegou a prever que os réus seriam libertados ainda ontem.
O advogado Francisco Fernandes disse que ainda acredita na libertação de seu cliente, Cláudio Luiz Andrade dos Santos. "Nenhum fato novo modificará a situação do Cláudio. Ele vai ser solto em breve porque o Ministério Público sabe de sua inocência."
O próximo julgamento dos acusados, no dia 27, não deverá ser desmembrado. Os advogados dos réus concordam que não haverá prejuízo às defesas.

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