São Paulo, domingo, 5 de maio de 1996
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A natureza viva de Frida Kahlo

MARILENE FELINTO
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

É dada a chance de o Brasil ver de perto, pela primeira vez, a obra da pintora mexicana Frida Kahlo (1907-1954).
Os primeiros contatos com o Conselho de Cultura do México, equivalente ao Ministério da Cultura brasileiro, foram feitos em fevereiro último pelo ministro Francisco Weffort, que integrava a comitiva de FHC àquele país.
O ministro disse à Folha (por fax, de Brasília) que a exposição ainda não foi acertada e que as negociações estão em andamento: "Existe interesse do MAC (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo) nessa exposição e a diretora do museu falou comigo a respeito antes da viagem".
A diretora do MAC, Lisbeth Rebollo Gonçalves, confirmou que só haverá uma resposta definitiva "em meados do ano" e que as negociações estão sendo feitas, entre outros, com o Museu Nacional de Belas Artes do México e com colecionadores particulares, como Dolores Olmedo Patiño.
Segundo Lisbeth Gonçalves, a maior dificuldade é "o custo do seguro, que é alto, embora a iniciativa privada já tenha manifestado interesse em apoiar a vinda da obra para cá". Uma obra de Frida Kahlo, a mais cara artista latino-americana do mercado, tem valor médio estimado em US$ 3 milhões hoje. Ainda segundo a diretora do MAC, o museu traria no máximo 20 obras da pintora, entre óleos, desenhos e outros materiais.
O lado mexicano das negociações mostra-se, entretanto, menos cauteloso e mais otimista do que o brasileiro ao tratar da possível exposição da obra da pintora no Brasil.
Em entrevista à Folha por fax, da Cidade do México, Dolores Olmedo, dona de uma das maiores coleções particulares da obra de Kahlo e do museu Dolores Olmedo Patiño, adiantou que "a USP já entrou em contato conosco e, caso cheguemos a um acordo, viajariam a São Paulo 25 obras pertencentes ao museu Dolores Olmedo" (veja ao lado lista com as obras que podem vir ao Brasil).

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