São Paulo, segunda-feira, 6 de maio de 1996
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Franquias que operam em casa

MARCELO CHERTO

Graças ao avanço da tecnologia, equipamentos de processamento e transmissão de dados cada vez mais eficientes estão ao alcance de quase todo mundo, como modems velozes, editores de texto, e-mail, Internet e outros.
Por conta disso, vem crescendo, principalmente nos EUA, o número dos "home-based business", os negócios que podem ser operados a partir da própria residência.
Isso vale também para as franquias. Segundo os estudos mais recentes, pelo menos 10% das franquias disponíveis no mercado americano podem ser operadas pelos respectivos donos a partir de suas casas.
É evidente que esse esquema não serve para qualquer tipo de negócio. Alguém pode imaginar um McDonald's funcionando na casa do franqueado?
Mas uma franquia especializada em vendas de certos produtos, como, por exemplo, formulários e impressos para empresas, na qual o franqueado atua quase como se fosse um "representante" do franqueador, pode perfeitamente ser operada de casa. É o caso da ProForma.
É claro que, para que tudo possa funcionar como deve, sem o risco de os clientes do franqueado acharem que estão lidando com uma empresinha de fundo de quintal, o franqueador deve prover o franqueado de um apoio ainda mais profissional.
A ProForma, por exemplo, cuida da emissão das faturas relativas às vendas feitas por seus franqueados, gerencia o "contas a receber" de cada um, atua pesado em telemarketing e ainda desempenha uma série de tarefas que, numa franquia "normal", ficariam a cargo do dono da franquia.
Além disso, o franqueado não mantém um estoque próprio: "usa" o estoque do franqueador.
O franqueado concentra a maior parte de seus esforços naquilo que o franqueador espera dele: visitando clientes e vendendo.
Como já disse, isso pode não funcionar para todo mundo, nem para todo tipo de negócio. Mas, em certos casos, pode valer a pena pensar no assunto.

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