São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996![]() |
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Verba de empresas ajuda escola pública Desempenho de aluno e professor melhora MARIO CESAR CARVALHO
O valor, equivalente a uma hora de estacionamento, foi investido em 5.800 alunos de quatro escolas da região. A novidade é que o dinheiro não veio do governo, mas de 60 empresas associadas à Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. Após quatro anos, o programa já apresenta resultados. Em uma escola, na qual entram 200 alunos ao ano, só 8 chegaram à 8ª série em 1988. Em 1995, 100 dos 200 alunos concluíram o 1º grau. O dinheiro é investido no "óbvio ululante", como diz Suzete Rigo, 45, do Instituto Qualidade no Ensino, que toca o programa. Os alunos são avaliados três vezes por ano, independente das provas aplicadas pelos professores. Apuradas as deficiências, o alvo passa a ser duplo: aluno e professor recebem reforço. O programa contempla só duas disciplinas: português e matemática. A idéia é de que o domínio da linguagem e da lógica contaminem outras disciplinas. Os professores das quatro escolas -duas em Taboão, uma no Embu e outra em Santo Amaro- recebem cem minutos de treinamento por semana. Os salários continuam os mesmos -R$ 400 ao mês, em média. Os empresários decidiram investir R$ 650 mil neste ano porque perceberam que a mão de obra que contratavam tinha uma formação cada vez mais precária. João Gilberto dos Santos, 31, coordenador de relações externas do instituto, cita um dado da Ford para ilustrar a derrocada. Há quatro anos, a empresa entrevistava 11 candidatos para preencher 1 vaga. Hoje, são necessárias 23 entrevistas. Texto Anterior: Fundação Abrinq arrecada R$ 659 mil Próximo Texto: Dívida social deve ser paga, afirma FHC Índice |
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