São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996
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Empresários apóiam greve

DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria (61%) dos empresários paulistas apóia uma paralisação simbólica no país a favor da retomada do crescimento, do combate ao desemprego e das reformas da Constituição.
A iniciativa do presidente da Fiesp, Carlos Eduardo Moreira Ferreira, de pressionar governo e Congresso pela aceleração das reformas, foi considerada "importante" por 98% dos empresários.
Esses são os principais resultados de uma sondagem de opinião sobre a mobilização empresarial pró-reformas, divulgada ontem pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Custo Brasil
Horacio Lafer Piva, diretor do Departamento de Pesquisas da entidade, disse que as reformas poderiam acontecer de uma maneira mais veloz para ajudar a reduzir o chamado custo Brasil.
Para Piva, no momento é importante que o Executivo encaminhe as mudanças com o objetivo de combater as ineficiências da economia brasileira. "O problema é que o nosso Congresso, extremamente fragmentado, dificulta as reformas", afirmou.
A sondagem foi feita nos dias 3 a 6 de maio junto a 262 empresas industriais da Grande São Paulo, entre as quais 26% grandes empresas, 53% médias e 21% pequenas.
Formas de pressão
Uma grande proporção dos empresários (74%) acha que a pressão pelas reformas deve ser exercida ao mesmo tempo sobre o governo federal e o Congresso. Para 23%, a pressão deve ser concentrada sobre deputados e senadores.
Poucos entrevistados, só 2% elegeram a Presidência da República como alvo principal da campanha. Uma possível aliança com os trabalhadores é bem recebida pelos empresários: 84% consideram importante e 77% apóiam a aproximação de capital e trabalho.

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