São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996 |
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Maluf quer verticalizar a região central
CLAUDIO AUGUSTO
Hoje, o coeficiente máximo de construção em um terreno é igual a quatro. Isso significa que o proprietário só pode construir um prédio equivalente a quatro vezes a área do terreno. Em algumas áreas o limite é ainda menor. O secretário do Planejamento, Roberto Paulo Richter, quer elevar o coeficiente para oito, desde que o proprietário pague pela compra do direito de construir e esta operação esteja condicionada às aprovação da Câmara. "O limite de quatro vezes a área do terreno não impediu que a cidade crescesse. As pessoas foram para a periferia. A única coisa que a limitação produziu foram favelas", disse Richter. Para ele, o dinheiro gerado pela venda do direito de construir mais em um terreno pode financiar o poder público na expansão da infra-estrutura urbana. "Se fizéssemos uma Operação Urbana ao longo da futura linha quatro do Metrô, entre Clínicas e Vila Sônia, conseguiremos levantar R$ 400 milhões -um terço do valor da obra", disse o secretário. Atualmente, há 300 milhões de m2 de área construída na cidade. O estoque para novas construções é de 800 milhões de m2. Se o novo Plano Diretor da prefeitura for aprovado pelo Legislativo, esse estoque subiria para 1 bilhão de m2, o que representa um crescimento de 25%. Capital imobiliário Para a arquiteta Ermínia Maricato, que foi secretária da Habitação na gestão Luiza Erundina, a proposta de Richter favorece o capital imobiliário. "Os moradores dos bairros que ainda têm alguma qualidade de vida não querem a verticalização. Qualquer cidadão comum sabe que o problema do tráfego já passou do limite", disse Ermínia. Texto Anterior: Chacina em Roraima faz 4 mortos em uma família Próximo Texto: Moradores de Itaquera pedem mais médicos; Laudo não confirma tortura em comerciante; Polícia acusa pai de matar filha grávida; Estudante é morta na saída de baile funk Índice |
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