São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996
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Serviço já é mais da metade do PIB

DA SUCURSAL DO RIO

Os serviços aumentaram sua participação no total da riqueza gerada no Brasil e passaram, em 1995, a responder por mais da metade do Produto Interno Bruto.
A parcela dos serviços no PIB atingiu 52,3%, segundo estimativa do IBGE divulgada ontem.
A indústria, com 34,4%, e a agropecuária, com 13,3%, perderam participação em relação a 1994 (veja o gráfico).
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB brasileiro -que é a soma de toda a produção de bens e serviços no país- ficou em R$ 631,662 bilhões, um crescimento real de 4,1% em relação ao ano anterior.
Por pessoa
Em 1994, o PIB havia sido de R$ 355,567 bilhões. O crescimento nominal em relação a 1994 foi de 77,7%. Desse total, 70,7% são de responsabilidade do aumento de preços. O número é alto porque inclui o semestre anterior ao Real.
A renda per capita cresceu no ano passado 2,68% e atingiu R$ 4.053,72. (Para se chegar à renda per capita divide-se o PIB pela população.) A renda cresceu 4,1% e a população aumentou 1,42%.
A queda da participação da indústria é explicada por dois motivos, diz o coordenador do PIB do IBGE, Almir Kronemberger.
Em primeiro, o setor cresceu só 2% e a economia, 4,1%. Em segundo, os preços das indústrias cresceram menos do que a inflação.
Situação no campo
No setor agropecuário, houve crescimento maior do que a média, disse Kronemberger. O setor cresceu 5%, mas, assim mesmo, o segmento perdeu participação na economia por conta do pequeno aumento de preço dos produtos.
A inflação do setor agropecuário em 1995, em comparação com 1994, foi de 57%, o que levou à queda de um ponto percentual na participação do setor.
Mesmo sem dispor de dados dos preços de serviços (um dos que mais aumentaram no Plano Real), Kronemberger disse que o setor cresceu 6% no ano passado em relação a 1994, o que fez com que ganhasse participação do mercado.
Curva descendente
O crescimento do PIB brasileiro em 1995 baseou-se, principalmente, nos resultados da economia no primeiro trimestre, quando houve um crescimento de 10,4% em relação a 1994.
Nos trimestres seguintes, mesmo mantendo-se o crescimento, houve queda acentuada: 5,8% no segundo; 1% no terceiro; e 0,2% no último trimestre.

LEIA MAIS sobre o PIB na pág. 2-4

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