São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996![]() |
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Estrangeiros retomam investimentos
MILTON GAMEZ
O resultado superou, e muito, as retiradas líquidas (fora as compras) de R$ 66,7 milhões ocorridas em março. No acumulado do ano, a Bovespa já recebeu R$ 1,2 bilhão em novos investimentos externos. Para os analistas de mercado, os números da Bolsa refletem o humor dos investidores internacionais em relação ao andamento, no Congresso, das reformas econômicas (previdência, administrativa, fiscal) propostas pelo governo. "Os investidores mais especulativos, que buscam resultados no curto prazo, se retraem cada vez que as reformas parecem empacar", diz Rubens Marçal, diretor da consultoria Lafis. Em março, o recuo foi causado pela suspensão da reforma da Previdência. Também assustou os estrangeiros o fantasma da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bancos, exorcizado pelo governo por meio da reforma ministerial. Em abril, com o suposto reforço da base de sustentação parlamentar do governo, as expectativas tornaram a ficar mais otimistas quanto à tramitação das reformas no Congresso -e os dólares voltaram a entrar. Os estrangeiros esperam que, na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal derrube o veto à reforma da Previdência. No Congresso, deverá ser analisada, hoje e amanhã, a questão da abertura da telefonia celular e da exploração de satélites ao capital privado. "Conforme o comportamento dos deputados, veremos se o governo reforçou de fato sua base no Congresso. Isso é vital para a continuidade dos investimentos externos", afirma Antônio Luis de Mello e Souza, gerente da mesa de operações do Banco Graphus. Texto Anterior: Tendência continua indefinida na Bolsa Próximo Texto: Hoje, o poder vem de fora Índice |
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