São Paulo, terça-feira, 7 de maio de 1996![]() |
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Inflação de abril fecha em 1,62% em SP, apura a Fipe
MAURO ZAFALON
Os técnicos da Fipe estão surpresos. Não esperavam, para março, só 0,23%, a menor taxa desde dezembro de 1958. Para abril a estimativa era de até 1,5%, mas desta vez foi superada em 0,12 ponto. A maior aceleração do índice no mês passado veio de vestuário. Em abril os preços subiram 4,39% (contra queda de 6,08% em março), devido à chegada da moda outono-inverno nas lojas. Mas, apesar de ter liderado a pressão, o vestuário não deve ser considerado o vilão do mês. Ainda não foi reposta a queda acumulada de 10,4% registrada nos últimos seis meses, diz Heron do Carmo, coordenador do IPC da Fipe. Gasolina pressiona A segunda maior pressão do índice em abril ficou com transportes, que tiveram alta de 4,66%. O aumento ocorreu devido ao reajuste médio de 13,5% nos preços do álcool e da gasolina. Os alimentos ficaram 0,66% mais caros para os paulistanos. As altas se concentraram em semi-elaborados (1,22%) e produtos "in natura" (2,53%). Os industrializados tiveram queda (-0,45%). Os custos com habitação, pela primeira vez desde julho de 94, tiveram aumento inferior à taxa de inflação média. Em abril, os reajustes médios ficaram em 1,18%. A queda se deve a peso menor de tarifas públicas, como telefone, uma vez que o item aluguel voltou a subir (2,3%, contra 1,76%). Previsões A taxa de inflação deve ficar próxima a 1% em maio, se não tiver aumento de ônibus, segundo Heron do Carmo. As pressões no mês devem vir de vestuário, alguns tipos de carne, cereais e planos de saúde. Na direção contrária estarão tarifas públicas, combustíveis e leite. No primeiro quadrimestre de 96 o IPC da Fipe variou 4,12%, contra 6,84% em igual período de 95. Após o aumento do mês passado, Heron do Carmo volta a prever taxa próxima a 12% para 96. Há um mês ele previa que a taxa poderia recuar para até 10%. Texto Anterior: Reforma agrária - 2 Próximo Texto: GM aumenta preço do Corsa em 4,91% Índice |
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