São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Casal de brasileiros é preso na Argentina

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

A polícia argentina descobriu um depósito clandestino de armas de guerra na cidade de Puerto Iguazu. Estão presos três argentinos e um casal de brasileiros, detidos quando tentavam cruzar a fronteira com o Brasil com 4.000 balas calibre 38.
A Justiça investiga a possível venda das armas para narcotraficantes brasileiros. O argentino Juan Carlos Bassi, oficial aposentado da polícia marítima de Puerto Iguazu e suspeito de liderar a quadrilha de contrabandistas, foi preso com 250 cédulas de identidade do Brasil.
O casal de brasileiros foi preso no sábado, na ponte Tancredo Neves, que liga Puerto Iguaçu a Foz do Iguaçu, no Paraná. A munição estava oculta nos assentos e no painel do carro, um Kadett azul.
Os brasileiros revelaram o nome de Bassi e, de posse de autorização judicial, a polícia invadiu os imóveis do argentino -dono de uma loja de armas na cidade que funcionaria como "fachada" para o comércio no mercado negro.
A identidade dos brasileiros (uma mulher de 23 anos e um homem de 30) -que ainda não foram submetidos a interrogatório oficial- e dos outros dois argentinos detidos não foi revelada.
Foram encontradas armas cuja comercialização é ilegal, como metralhadoras e fuzis FAL, e aproximadamente 200 mil balas de grosso calibre.
Também foram apreendidas pistolas automáticas 7,65 mm, 3,75 mm e 9 mm, além de silenciadores (de uso ilegal) e ferramentas utilizadas para sua fabricação. O juiz federal Mário Hachiro Doi, responsável pela investigação, disse à Folha que a maior parte das armas é importada. "É a maior apreensão dos últimos anos", afirmou. O juiz se recusou a informar o total de armas apreendidas.

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