São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Sequestrador faz 'estágio'

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

Wanderlei Nery Bailer está passando por um "estágio" de 30 dias imposto pelos presos da Cadeia Pública de Bragança Paulista.
Os detentos vão analisar o comportamento de Bailer e decidir se ele poderá ou não integrar as atividades que eles consideram de "cadeia-hotel".
"No período de estágio, nós verificamos se o novo preso está disposto a manter um bom comportamento na prisão. Caso positivo, depois de 30 dias ele pode participar do futebol, das aulas de artesanato e dos grupos de oração", disse o preso José Aparecido Paulino, 40, líder do Conselho de Sinceridade e Solidariedade da cadeia de Bragança.
O conselho foi criado pelos detentos de Bragança para acompanhar os novatos na cadeia e disciplinar a vida na carceragem.
Outro preso, Manoel Raio, 25, disse que Bailer não está sendo ameaçado na prisão e se mantém quieto porque "aparenta estar muito chocado com o que aconteceu".
"Aqui ninguém bate em ninguém e não permitimos estiletes. A prisão aqui é quase um hotel", disse Paulino, que, como Raio, cumpre pena em regime semi-aberto e durante o dia se dedica à manutenção da área externa da cadeia.

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