São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Um cara legal

THALES DE MENEZES

Não há dúvida na horar de escolher o assunto para a coluna desta semana.
Tim Gullikson morreu na sexta-feira passada.
Ele perdeu a briga para um câncer no cérebro, que surgiu quando Gullikson colhia os louros da ascensão de seu pupilo, Pete Sampras.
Aos 44 anos, Gullikson tinha conseguido como treinador mais prestígio do que recebeu na época de jogador.
Afinal, só depois que ele "fez a cabeça" de Sampras é que o tenista teve chance de desenvolver todo o seu potencial e se tornar número 1 do mundo.
Como jogador, Gullikson nunca chegou ao topo. Venceu quatro torneios profissionais, três em 1977 (torneios de Newport, Taipei e Adelaide) e um em 1978 (Johannesburgo).
Seu desempenho foi melhor nas duplas, conquistando dez títulos ao lado do irmão gêmeo Tom (que é o atual capitão da equipe norte-americana que disputa a Copa Davis).
Deixando a frieza dos números de lado, vale lembrar que os irmãos Gullikson conquistaram o público norte-americano por serem simpáticos e carismáticos, na quadra e fora dela.
Quando deixaram os torneios profissionais, na metade dos anos 80, os dois passaram a ser atração habitual nos torneios de veteranos.
Continuavam ídolos, apesar da quantidade exagerada de tecido adiposo que Tim acumulou em volta da cintura.
Nos torneios, a garotada que pedia autógrafos a Pete Sampras fazia questão de estender o bloquinho para Tim. A popularidade do técnico subia junto com as conquistas do discípulo.
No US Open 93, os dois participaram de uma tarde de autógrafos no complexo de Flushing Meadows, em Nova York.
Em três horas, mais de 500 pessoas fizeram fila para encontrar os irmãos Gullikson. Os dois ficaram lá, num calor infernal, sempre cordiais.
Valeu, Tim.

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