São Paulo, quarta-feira, 8 de maio de 1996
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Fabricantes de processadores enfrentam ano de turbulências

Queda na venda de PCs afeta indústria de semicondutores

JAMES KIM
DO "USA TODAY"

Para as empresas que fabricam chips, 1996 está sendo um ano de grandes turbulências. Algumas estão demitindo funcionários. Muitas estão tendo lucros inferiores ao previsto.
Os investidores estão vendendo suas ações. E, em função da queda nos pedidos, algumas empresas estão adiando seus planos de expansão de fábricas.
Mesmo a Intel, que praticamente domina o mercado de microprocessadores para PCs, anunciou lucros pequenos.
Isso está levando o setor a uma busca desesperada por novos usos para os chips de silício, que armazenam e processam dados em transistores microscópicos.
Para este ano, a Pathfinder Research prevê um crescimento de aproximadamente 16% na indústria de chips.
Outros setores fariam qualquer coisa para atingir um índice desses, mas, para os fabricantes de chips, ele é praticamente letárgico.
No ano passado a indústria cresceu 42%. Nos últimos três anos, sua média de expansão foi 34%.
A indústria de chips acabou dependendo de índices dessa monta para investir em novas fábricas, para produzir ainda mais chips. Esse ciclo contínuo de crescimento e investimento gerou milhares de empregos e chips cada vez mais potentes.
Provocou a introdução de chips em telefones sem fio, automóveis, toda espécie de produtos para o consumidor. Hoje em dia, há cerca de 50 chips em cada residência média norte-americana.
O ímpeto de crescimento parecia não ter fim, até que a indústria de PCs começou a fraquejar e ver sua expansão cair pela metade.
As empresas de computadores ficaram com estoques excessivos e reduziram seus pedidos, prejudicando os fabricantes de chip.
Para sustentar suas posições, empresas como Intel, IBM, AMD, Samsung e Texas estão seguindo adiante com seus planos de construção de fábricas ultramodernas, a um custo de US$ 1 bilhão cada.
A previsão é que a indústria gaste US$ 49,8 bilhões em fábricas, 27% mais do que no ano passado.

Tradução de Clara Allain

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